segunda-feira, 2 de setembro de 2013

VOCÊ ACREDITA EM PREMONIÇÃO, LEIA ESSA MATÉRIA. PARTE-5


Premonição: Farejando desgraças

As pessoas que dizem enxergar o futuro raramente têm uma boa notícia para contar. Pior: as tragédias que prevêem, segundo parapsicólogos, são inevitáveis
por Leandro Steiw
No dia 5 de setembro de 2001, o médium irlandês Zak Martin descreveu uma visão assustadora: “Na última semana, tive uma premonição muito nítida de um avião – parecido com uma aeronave comercial de passageiros – colidindo num arranha-céu e explodindo em chamas. Acho que é nos Estados Unidos – possivelmente Chicago”. O relato de Martin foi enviado para o Registro de Premonições Psíquicas, uma entidade de parapsicologia do Reino Unido. Seis dias depois, não apenas um, mas dois aviões comerciais foram jogados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Como se sabe, ambos explodiram e cobriram de fogo e fumaça os prédios mais altos daquele país, que acabaram ruindo e virando uma pilha de vidro, concreto e aço. Coincidência? Previsão do futuro? Levando-se em conta que Martin, aparentemente, nada tinha a ver com a Al Qaeda, o grupo terrorista acusado de promover o atentado, e contou o sonho quase uma semana antes da tragédia, a história rapidamente se transformou num badalado caso de precognição. Fenômeno mais freqüente da paranormalidade, precognição é o nome que os parapsicólogos dão para a premonição, o conhecimento prévio do futuro sem dados do presente que permitam a dedução do que vai acontecer. Todos os dias, dezenas de pessoas relatam fatos desse tipo. Muitos caem no esquecimento, sem nunca serem confirmados. Outros se materializam, com uma espantosa perfeição de detalhes, e enchem páginas de jornais, revistas, livros e sites de parapsicologia. Quanto mais universal a história, mais fácil de ganhar fama.

É o que aconteceu com o pintor americano Charles Burwell. Em setembro de 2000, ele terminou de pintar um quadro em estilo surrealista de 60 por 84 centímetros. A obra tinha tudo para permanecer anônima fora da turma das artes plásticas, não fosse um bizarro detalhe: em vez de relógios derretidos como os de Salvador Dalí, Burwell desenhou a imagem de um prédio coberto pelo que parece ser uma nuvem de fumaça em forma de sorvete de casquinha, destacando-se no horizonte de uma metrópole. Exatamente um ano depois, o próprio pintor se surpreendeu com a semelhança entre a tela e as fotografias das torres gêmeas queimando, publicadas no mundo todo. “O simbolismo de minha pintura lembrou-me quase imediatamente o 11 de setembro”, escreveu o artista em seu site pessoal. “Mesmo depois dessa formidável coincidência, não estou certo se tenho ou não habilidades precognitivas.”
Independentemente da explicação, a tela foi batizada de Omen, ou “presságio”, em português. Afinal, Burwell pode ter tido uma precognição? Qualquer pessoa pode pressentir o futuro diante de seus olhos? “As faculdades parapsicológicas, todos têm, mas ninguém as domina”, afirma o padre Oscar Gonzalez-Quevedo, um dos mais polêmicos parapsicólogos do Brasil. Assim, num momento de desequilíbrio, febre alta, dor de cabeça ou sonho, você poderia ver detalhadamente alguma coisa que ainda vai acontecer. Como envolve fortíssimas doses de emoção, as precognições normalmente estão relacionadas a acidentes, desastres e más notícias em geral.

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