CLIMA, VEGETAÇÃO E SOLOS-- LITORAL E UNIDADE DE CONSERVAÇÃO RN- 7 PARTE

             Clima, vegetação e solos.

             

Vegetação da zona rural de Martins, na zona serrana do Rio Grande do Norte, região de clima subúmido.

No litoral sul do estado, entre Nísia Floresta e Baía Formosa, o clima é considerado úmido ou tropical chuvoso com verão seco, com chuvas acima de 1 200 milímetros ao ano. No resto do litoral oriental, entre Touros e Parnamirim, bem como nas zonas serranas do interior, o clima é subúmido, ou tropical chuvoso com inverno seco, com pluviosidade entre 800 e 1 200 milímetros anuais e uma estação chuvosa que perdura até o mês de julho. Na Chapada do Apodi e das Serras de Santana, São Bernardo e Serra Negra do Norte, o clima é subúmido seco, de transição e com precipitações menores, entre 600 e 800 milímetros por ano. Nas regiões do Vale do Açu, central, parte do Seridó e, inclusive, no litoral norte, a partir de São Miguel do Gostoso, a classificação climática é tida como semiárida, com precipitações anuais entre 400 e 600 milímetros. Nos municípios de Afonso Bezerra, Angicos, Carnaúba dos Dantas, Equador,Fernando Pedroza, Lajes, Pedro Avelino e São Tomé, o tipo é climático é classificado como semiárido intenso (ou, algumas vezes, como árido), em que as chuvas são bastante escassas e com médias anuais em torno de quatrocentos milímetros.49 O Rio Grande do Norte tem 90,6% do seu território localizado na região do Polígono das Secas.52

A cobertura vegetal original do Rio Grande do Norte foi bastante destruída desde o início da colonização do Brasil, restando hoje apenas uma espécie de vegetação secundária e de menor porte e ligada ao clima, ao relevo e aos solos. São eles a caatinga (que ocupa a maior parte do estado), o cerrado, a Floresta Ciliar de Carnaúba, a floresta das serras, os manguezais, a Mata Atlântica e a vegetação das praias e dunas.49 Com a ação do homem nesses ecossistemas, essa formação vegetal vem sendo cada vez mais destruída, causando desertificação e o enfraquecimento da biodiversidade.53 Entre as várias classes de solos existentes no estado, as principais são os luvissolos, os latossolos vermelho-amarelos, os neossolos, os planossolos, os argissolos, os cambissolos eutróficos, os solos de mangue e os chernossolos.46

Litoral e unidades de conservação[editar]

             

             Falésias na Praia de Pipa, em Tibau do Sul.

O litoral potiguar é um dos mais famosos e conhecidos do Brasil, com uma extensão aproximada de quatrocentos quilômetros.54Importantes atrações turísticas e litorâneas estão localizadas em Natal, litoral sul, Areia Branca e litoral norte.54 Em Extremoz, próximo a Natal, o principal destino é Genipabu, cartão-postal mais famoso do Rio Grande do Norte, com imensas dunas, lagoas de água doce, além dos passeios realizados diariamente.55 No litoral sul, o ponto mais conhecido é a Praia da Pipa, em Tibau do Sul, descoberta por surfistas na década de 1970,56 localizada 87 km a sul de Natal, com areia e águas claras e mornas onde, durante a maré, há a formação de piscinas naturais com águas mornas e de bastante apreciação.56 Em Areia Branca, localiza-se a Ponta do Mel, praia que reúne serras, barreiras de cor vermelha, além de mares.54 E, por último, vem a Costa Branca, também no litoral norte potiguar, na divisa com o estado do Ceará, cujo nome provém da grande quantidade de sal produzida.54

             

Vista de satélite do Atol das Rocas, um pequeno arquipélago no Oceano Atlântico considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.

Existem ao todo dezessete unidades de conservação no Rio Grande do Norte, entre áreas de preservação ambiental (APAs) e parques, estaduais ou federais, além de outras sete em processo de criação. As unidades de conservação estaduais são a APA Bonfim-Guaraíra (localizada nos municípios de Arez, Goianinha, Nísia Floresta, São José de Mipibu, Senador Georgino Avelino e Tibau do Sul), a APA Genipabu (entre Extremoz e Natal), a APA dos Recifes de Corais (localizada no litoral nordeste do estado, próxima à faixa costeira dos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros), a APA Piquiri-Una (nos municípios de Canguaretama, Espírito Santo, Goianinha,Pedro Velho e Várzea), o Parque Estadual Dunas do Natal "Jornalista Luiz Maria Alves" (Natal), o Parque Ecológico do Cabugi (em Angicos e Fernando Pedroza), o Parque Estadual Mata da Pipa (localizada em Tibau do Sul, na Praia de Pipa), o Parque Estadual Florêncio Luciano (Parelhas) e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (Guamaré e Macau). Já as unidades de conservação federais, ou nacionais, são a Estação Ecológica do Seridó (em Serra Negra do Norte), a Floresta Nacional Açu (em Assu), a Floresta Nacional Nísia Floresta (em Nísia Floresta), o Parque Nacional da Furna Feia (em Baraúna e Mossoró), a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Sernativo (em Acari), a Reserva Particular do Patrimônio Natural Stoessel de Brito (em Jucurutu), a Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Estrela Senador Antônio Farias (emBaía Formosa). Outras unidades de conservação em processo de criação são a APA Dunas do Rosado (em Areia Branca e Porto do Mangue), a APA das Carnaúbas (nos municípios de Assu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Ipanguaçu e Pendências), Monumento Natural das Cavernas de Martins (em Martins), o Monumento Natural do Morro do Careca (em Natal, na praia de Ponta Negra), o Parque Estadual dos Mangues do Potengi (novamente em Natal) e o Parque Estadual do Jiqui (em Parnamirim