terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mulher mata marido a facadas após agressões em Ribeirão Preto (SP)



Uma mulher de 22 anos foi presa na manhã desta terça-feira (15) após matar o marido a facadas no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A mulher afirmou à Polícia Civil que há sete anos sofria agressões do mototaxista de 22 anos e alegou ter agido em legítima defesa.
A corporação informou que a suspeita registrou cinco boletins de ocorrência de violência doméstica contra o homem nos últimos quatro anos. O caso será investigado pelo 2º Distrito Policial do município.

Em depoimento, a jovem disse que estava em casa com a filha de três anos quando o marido chegou e passou a agredi-la com mordidas nas costas e enforcamento.
No relato à polícia, ela afirmou que o homem tentou pegar uma faca, mas então o atingiu com um golpe no abdome, se escondeu no banheiro e acionou a Polícia Militar.

O homem foi encontrado caído no chão da cozinha e chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento. "Eles tinham relacionamento desde os 15 anos. Ele era um psicopata e fazia da vida dela um inferno. Além das agressões físicas, também fazia muita pressão psicológica", disse a irmã da suspeita, que pediu para não ser identificada.
A jovem foi presa em flagrante por homicídio e encaminhada à cadeia de Cajuru (298 km de São Paulo). Segundo familiares, o advogado da mulher, Hamilton Paulino Pereira Júnior, entrará com pedido de liberdade provisória. "Ela agiu em legítima defesa: ou era ele, ou ela", disse a irmã.
Uma equipe da perícia técnica esteve na residência e apreendeu duas pedras de crack e a faca com lâmina de aço de 20 centímetros, utilizada no crime. O corpo do homem foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) do município.

AGRESSÕES
De acordo com a Polícia Civil, a mulher havia registrado cinco boletins de ocorrência contra o marido. O primeiro deles teria sido feito em janeiro de 2009, quando a jovem alegou ter sido agredida com um cabo de vassoura e um banco da madeira. No boletim de ocorrência, a mulher ainda ressaltou que a bisavó do marido teria tentado intervir e acabou sofrendo lesões leves.

"A lei Maria da Penha existe, mas não é aplicada. Ela estava acuada, sem saber o que fazer. Ele além de ameaçá-la, também ameaçava nossa família", disse a irmã da suspeita.

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