segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um olhar sobre a guerra civil na Síria



Em um esforço para aumentar a conscientização global de um fotógrafo brasileiro é documentar o cotidiano dos sobreviventes de conflitos que vivem em campos de refugiados no Oriente Médio

           

Um menino sírio posa para fotógrafo brasileiro Gabriel Chaim em Al Zaatari campo de refugiados na Jordânia. (Gabriel Chaim para Infosurhoy.com)

RIO DE JANEIRO , Brasil - Salma tinha apenas 15 anos, mas ele acreditava que o casamento era uma maneira de sair de Al Zaatari um campo de refugiados síriosconstruída no deserto da Jordânia.
Quando Gabriel conheceu Chaim cidadão brasileiro, de 31 anos, poucos meses atrás, em Al Zaatari, imediatamente perguntou se ela poderia casar com ele.

Chaim, que educadamente recusou, nunca se esqueça dos atos desesperados de pessoas que vivem na sombra da guerra civil.

"No campo de refugiados, é comum que as famílias a procurar pretendentes para jovem sírio", diz Chaim. "É uma maneira de evitar ter que se prostituir para ter uma vida melhor."
O campo de refugiados de Al Zaatari, mantida pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) eo governo da Jordânia, foi criado em nove dias, em julho de 2012 a 100 famílias sírias que fugiam da guerra civil. Hoje, como parte do aprofundamento do conflito, cerca de 2.000 pessoas vêm para o campo todos os dias.

Chaim passou dois meses em Al Zaatari, um dos 20 campos de refugiados no Oriente Médio que visitaram durante os últimos três anos.
Chaim não tem conhecimento da medicina ou assistente social. Não faz parte de qualquer corpo diplomático.Mas ele sabe como lidar com uma arma poderosa capaz de ajudar os milhares de refugiados na região, para dar visibilidade a seus problemas.

Chaim é um fotógrafo.

Graças à sua vida diária registros de refugiados eo tipo de comida que eles comem, este fotógrafo dá vida ao seu projeto independente Kitchen 4 Life.

"Eu quero mostrar a comida ea vida diária dos refugiados para tentar criar a consciência internacional sobre situações reais que enfrentamos", disse Chaim, quando perguntado por que ele decidiu visitar campos de refugiados no Oriente Médio e deixá-la esposa, Daniela Silveira, e sua filha de quatro anos, Gabriela, Brasil. "Espero que mais e mais pessoas procuram maneiras de ajudar de alguma forma."

O interesse de Chaim nos aspectos culinários da vida em campos de refugiados responde a sua formação, já que tem um diploma em gastronomia.
Depois de passar um ano fotografando os diversos pratos oferecidos em restaurantes em Dubai no miratos Árabes Unidos, economizou dinheiro para iniciar o projeto Cozinha 4 Life, em 2011.
Desde então, Chaim tem dividido seu tempo entre sua família, que mora em São Paulo, e os campos de refugiados no Oriente Médio. Em seu tempo livre, ele continua fotografando os pratos em menus de restaurantes de prestígio para cobrir as suas despesas de viagem.
Mais de 10.000 pessoas

Sua mais recente parada no Oriente Médio foi em setembro, em Aleppo, Síria. Durante 15 dias, tirou fotos dos sobreviventes da sangrenta guerra civil que começou em 2011 e deixou mais de 100.000 mortos, segundo fontes da ONU.

Chaim entraram no país através da fronteira com a Turquia, com a ajuda de uma organização social que distribui cestas de alimentos para os necessitados.
Em uma casa parcialmente destruída pelos bombardeios, dormia com outros membros da ONG em colchões no chão. Não havia lugar para tomar banho, ea comida era limitada a feijões enlatados, pão e hummus.

Para se comunicar, Chaim, descendente de libaneses, usa o árabe que ele aprendeu com seus pais. Nascido no estado do Pará, no norte do Brasil, Chaim também fala Inglês e italiano fluentemente.
Chaim não é declarado religioso e acredita que as pessoas são capazes de dar efeito às mudanças que desejam.
Durante a primeira semana de outubro, em Paris, trabalhou para motivar a mudança por meio de protesto contra a Fashion Week, um evento organizado por modelos e figuras da alta sociedade, como Christina Pitanguy, sobrinha-neta do famoso cirurgião Ivo Pitanguy contra os atentados na Síria.

O nome é uma referência para o evento mais importante da moda na capital francesa, a Semana de Moda de Paris, que terminou no dia 2 de outubro. Chaim planeja repetir o evento no Brasil, durante a Semana de Moda de São Paulo, que começa em 28 de outubro.
Para fotos do protesto contra a Fashion Week, bem como Aleppo e alguns refugiados na Cozinha website 4 Life.

Durante suas extensas viagens ao exterior, Chaim fala com sua família no Skype sempre que for possível.
"Eles estão muito preocupados, mas também sei que o meu caso é especial", diz Chaim. "Eu tento não pensar muito sobre as pessoas aqui no Brasil. Minha motivação é forte. Apenas seguir em frente. Eu não tenho tempo para se envolver com as emoções, porque o que eu estou fazendo agora é para o futuro. "

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